segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Projecto Academic Earth : ensino gratuito para todos


O projecto Academic Earth nasceu em Janeiro de 2009 a partir de um pequeno projecto iniciado no MIT e tem como principal objectivo providenciar a todos, independentemente do local onde vivam, uma educação de excelente qualidade.Este sítio da internet disponibiliza um conjunto gigantesco de aulas com os mais reputados professores das universidades americanas de Berkeley, Harvard, MIT, Princeton, Stanford e Yale a que tem acesso gratuito qualquer pessoa em qualquer parte do mundo desde que tenha uma ligação à internet.
Os temas  são variados e abrangentes e vão desde Astronomia a Computadores e Engenharia passando por Biologia, Química, Economia, Inglês, Gestão, Direito, Matemática, Medicina, Filosofia, Física. A navegação na página Web é facilitada através de filtros de busca por temas, universidade, professores e alunos.
As aulas estão disponíveis como podcasts e podem por exemplo ser partilhadas em diversas plataformas como facebook. Já existem cerca de 2000 palestras e outros recursos disponíveis e está nos objectivos dos criadores deste mega projecto a promoção de parcerias com outras universidades do mundo e em outros idiomas.
A EaD nunca atingiu este patamar de globalização. À distancia de um click está disponível a todos o que antes era acessível apenas a um pequeno grupo restrito de pessoas. O papel da rede em espalhar o conhecimento sai reforçado.
Como exemplo fica a palestra Prototyping the Mouse por David Kelley, Stanford




Watch it on Academic Earth

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Teoria da EaD - Teoria da Industrialização


Uma teoria corresponde a um conjunto de ideias, modelos e conceitos, que têm a finalidade de proporcionar uma explicação e interpretação dos factos. A existência de uma teoria é fundamental para assegurar a credibilidade e desenvolvimento de qualquer campo de prática e investigação
Desmond Keegan (1986) no seu livro “Foundations of Distance Education”  apresenta uma sistematização do pensamento teórico nos sistemas de ensino a distância. Essa sistematização  aponta para as seguintes teorias no domínio da Educação a Distância:
- Teoria da Industrialização
- Teorias da Autonomia e Independência
- Teoria da Interacção e da comunicação
Otto Petters  (1967) foi um dos fundadores da teoria da industrialização e na sua monografia “Educação a Distância nas Universidade e nas Instituições de Ensino Superior: estrutura didáctica e análise comparativa” identifica características dos processos de produção industrial que considera estarem presentes também nos sistemas de ensino a distância. Entende que a Educação a Distância é um método racional de partilha de conhecimento, tarefas e atitudes o que o leva a defender a divisão do trabalho segundo princípios organizacionais. O recurso à  utilização de meios técnicos de comunicação extensivos com a intenção de produzir materiais de ensino de alta  qualidade, para poder instruir um elevado número de alunos ao mesmo tempo independente da sua localização geográfica ou física é uma forma industrializada de ensinar e aprender.
Charles Wedemeyer , outro autor defensor desta teoria, considera que os adultos têm a capacidade de efectuar uma aprendizagem de forma autónoma e independente que a Ead promove, muitas vezes em contextos informais. Deve-se a este autor a difusão do conceito "back door learning" aplicado a situações de aprendizagem não-tradicionais que normalmente são propiciadoras de uma aprendizagem autónoma e significativa mas também algo estigmatizada

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Portfólios e e-Portfólios


Um portfólio consiste num conjunto de documentos, organizados em função de propósitos, objectivos e metas estabelecidas, que evidenciam aprendizagem e desenvolvimento de competências num contexto específico e ao longo de um determinado período de tempo. O portfólio trata-se assim de uma «pasta individual», onde são “coleccionados” os trabalhos realizados pelo aluno, no decorrer dos seus estudos de uma disciplina, de um curso, ou mesmo durante alguns anos, como ao longo de um ciclo de estudos. Este conjunto de trabalhos, contidos na «pasta individual», permite construir, entre outras coisas, o perfil académico do aluno, reflectindo quer o ritmo, quer a direcção do seu crescimento, temas do seu interesse, dificuldades sentidas e as capacidades e características a desenvolver possibilitando assim acompanhar a evolução dos alunos.

 “Um portfólio conta uma história. É a história do Saber . Saber coisas… Saber sobre si próprio… Saber sobre alguém… O portfólio é, sobretudo, a história do aluno: o que ele sabe, por que acredita que o sabe e por que os outros devem ser da mesma opinião.” Paulson, P. & Paulson, F.L. (1991).

Um portfólio não é da responsabilidade, do interesse ou da dinâmica do professor nem uma simples pasta de arquivo de materiais ou textos sem nexo. Também não é apenas um produto a entregar de acordo com prazos estipulados nem o principal  instrumento de avaliação.
É um instrumento de aprendizagem que revela percursos e processos, organizado e estruturado pelo aluno de acordo com os objectivos e prazos estabelecidos. É um espaço pessoal e individual do aluno, da sua responsabilidade em permanente construção.
O mesmo se verifica com o e-portfolio, ou portfolio digital. O processo de criação de um e-portfolio pode ser resumido nas seguintes acções: coleccionar, seleccionar, reflectir e relacionar.
Trata-se de um conjunto de documentos em formato electrónico (ficheiros electrónicos como o Word e ficheiros PDF, imagens, multimédia, hipermédia, hipertexto, wikis, blogs e links Web etc.) colocados e geridos por um utilizador, usualmente online. Além dos materiais já referidos, um e-Portfolio inclui reflexões do aluno sobre o seu conteúdo e respectivo processo de aprendizagem.
No processo de construção de um portfólio o aluno passa essencialmente por:
- seleccionar evidências específicas que respondam a objectivos.
- reflectir  sobre aprendizagem
- identificar progressos/dificuldades
- implementar estratégias
- estabelecer relações na (durante a) aprendizagem
- definir objectivos e metas
- participar activamente no processo
- adquirir autonomia e responsabilidade pela própria aprendizagem
A utilização desta  ferramenta em contextos educativos é cada vez mais frequente levando em consideração que este instrumento promove de forma autónoma e responsável as aprendizagens e a sua avaliação. 
Documentação de apoio:
Paulson, P. & Paulson, F.L. (1991). Portfolios: Stories of knowing. In P.H. Dreyer (Ed.), Claremont Reading Conference 55th Yearbook 1991: Knowing the power of stories.Claremont, CA: Center for Developmental Studies of the Claremont Graduate School. ERIC Document Reproduction Service: ED377209
Alves, A. P. & Gomes, M. J. (2010). Potencial Educativo dos E-Portefólios, in Revista e-curriculum, São Paulo, v.5 n.2 Julho2010. Consultado em Janeiro 24, 2011, em http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/10922/1/MJG-AAA-eCurriculum.pdf

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Challenges 2011


A Challenges é uma Conferência Internacional de TIC na Educação organizada pelo Centro de Competência da Universidade do Minho, nos dias 12 e 13 de Maio. Tem como objectivo debater e reflectir sobre as TIC no planeamento e desenvolvimento da Educação para a Sociedade da Informação e do Conhecimento.
Está aberta a submissão de trabalhos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As tecnologias do passado



Um disco de vinil? uma consola Game Boy? uma disquete flexível? Um telefone de disco?
Estas crianças do Canadá (por certo nativos digitais) estão a tentar adivinhar qual a utilidade destas «antiguidades» que têm apenas 30 anos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Telescola



A telescola arrancou em Portugal no ano de 1965 com emissões a ocuparem parte da tarde da televisão. Os alunos eram acompanhados por monitores em espaços próprios de recepção das emissões. Pretendia-se com esta forma de ensino que os alunos das zonas rurais e isoladas tivessem acesso ao ensino e cumprissem a escolaridade obrigatória de seis anos (quatro de Escola Primária e dois do Ciclo Preparatório). Este modelo de telescola com lições transmitidas pela televisão acompanhadas por monitores presenciais vigorou até à década de 80 com a chegada e vulgarização dos videogravadores.


domingo, 16 de janeiro de 2011

Gerações de EaD


Breve sintese das Gerações de Ensino a Distância
1ª Geração EaD (1833) - Ensino por correspondência - Mono-média
2ª Geração EaD (1970) - Tele-ensino - Múltiplos média
3ª Geração EaD (1985) - Multimédia  - Multimédia interactivo
4ª Geração EaD (1994) - E-Learning - Multimédia colaborativo
5ª Geração EaD (2004) - M-Learning - Multimédia conectivo e contextual
6ª Geração EaD (Actual) - Mundos Virtuais - Multimédia imersivo
(Gomes, M.J.,2008)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

E-Learning


Com este post dou a conhecer o blog Fazendo E-Learning que descobri  recentemente que se dedica à divulgação de temáticas relacionadas com o e-learning. Este espaço embora mais vocacionado para a realidade brasileira, divulga e dá a conhecer nomeadamente projectos nas áreas do e-learning, da gestão do conhecimento,  dos ambientes interactivos, das redes colaborativas, e publicações relacionadas com a temática. Um espaço a visitar com alguma regularidade por quem se interessa por esta área do conhecimento

EaD e E-Learning

Este blog será essencialmente um espaço reservado à reflexão e divulgação de assuntos ligados ao E-Learning e ao Ensino a Distância (EaD). Enquadrado na Unidade Curricular de Educação a Distância e E-Learning do mestrado em Tecnologia Educativa funcionará como um repositório dos conteúdos da Unidade Curricular. Pretende ser um espaço aberto à participação de todos os que se interessam por estas temáticas, pelo que comentários, sugestões, críticas e reflexões serão bem-vindas.